Entre os muitos comentários e e-mails que recebemos, um deles tocou bastante toda a equipe da peça. Decidimos publicá-los por acreditarmos que estas coisas precisam acabar. Não dá mais para tolerar este tipo de discriminação. O lado positivo é que a leitora conseguiu, a seu modo, dar a volta por cima, seguir amando e, o mais importante, se respeitando !!! Se quiser, mande também sua história !!!
"Bem vou contar minha história de obesidade para vocês. Primeiro vou me apresentar, me chamo Sabrina,tenho 29 anos,1 filha,2 casamentos e moro em Manaus; quando me casei pesava 60 kg e logo engravidei, não ganhei muito peso durante a gravidez quando fui ter minha filha estava pesando 70 kg portanto um ganho de peso normal. Só que depois que eu parei de amamentar minha filha “tufei”, meu ex-marido me chamava de barriga de lama, me fez várias humilhações até que nos separamos e ele fazia questão de dizer que agora ele estava com uma mulher magra.
O desespero foi tão grande que fiz plástica como se isso fosse adiantar alguma coisa, conheci meu atual marido que é 20 anos mais velho que eu e imagine o tamanho do preconceito que eu tive que passar, voltei a engordar até mais do que eu estava chegando a pesar 91 kg sendo que eu meço 1,57. Minha filha estava indo na mesma situação com 9 anos pesando 50 kg e meu ex-marido sempre passando na minha cara que ela estava obesa porque tinha um exemplo de mãe obesa em casa, até que decidi que iria fazer a tal da REDUÇÃO DO ESTÔMAGO.
Meu atual marido era totalmente contra, mas mesmo assim, fui adiante. No dia 07.05.2009 entrei na sala de cirurgia e mutilei mais de 50% do meu estômago, e aquilo pra mim foi como se tivessem mutilado também todas as humilhações pelas quais passei por ser GORDA. O começo é muito difícil quando você só pode tomar 50 ml de líquidos e assim permaneci por 21 dias tive crises de depressão por conta disso mas graças a equipe multidisciplinar e a Deus hoje com 95 dias de operada e 22 kg a menos estou muitíssimo feliz! Mas sempre digo pros preconceituosos que eles não sabem o que é ser gordo e servir de ponto de referência (sim, porque as pessoas nunca dizem está ali do lado da fulana é sempre está ali do lado da gorda) e chacotas, só quem é gordo sabe o que é passar por essas situações.
Escrevi demais né? Mas gostaria muito que a peça viesse a Manaus, não perderia por nada!!!
Um grande beijo
Sabrina Gesta"
Vi a peça hoje e amei!!! Todos estão de parabéns!
ResponderExcluirTenho 28 anos e sou gordinha ... o maior preconceito que sofro é dentro da minha casa, meu pai não consegue aceitar que eu engordei, ele diz que é simplesmente por causa da saude que ele se preocupa mas meus exames estão sempre ótimos ...mesmo assim tenho que ouvi-lo dizer que é só por causa da idade! Ele pega tanto no meu pé que isso acaba afetando minha auto-estima, acho dificil acreditar que alguém possa gostar de mim !