sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Diferentes formas de discriminação

Queridos leitores do blog,

Ontem durante o ensaio fiquei examinando as diferentes formas de discriminação. Todos nós, gordos ou magros, negros ou brancos, orientais ou ocidentais, morenas ou loiras, heteros ou homossexuais (...), de alguma maneira, já nos sentimos discriminados.


Estamos todos sujeitos ao [pré] conceito, ao [pré] julgamento. Faz parte da sociedade, do ser humano. Como combatemos? Na minha opinião, olhando as situações de ângulos diferentes e pensando antes de agir. Deixar o sentimento falar mais alto tendo consciência de que precisamos fazer a nossa parte para vencer estes padrões.


Unidos venceremos!


Então quero convidar vocês para uma reflexão. Em que situações já se sentiram discriminados? Vamos dividir nossas experiências pois assim estimularemos uma transformação, mesmo que sejam os primeiros passos.



Eu vou começar...

Em 2001 fui morar em Salvador com a expectativa de ter uma qualidade de vida melhor. Chegando na cidade resolvi fazer um curso de extensão na UFBA para conhecer novas pessoas e procurar uma colocação no mercado local. Vocês acreditam que ninguém do curso se aproximou de mim ou deu abertura para uma amizade? Fiz apenas uma amiga numa turma de 30 pessoas. Uma paulistana que, assim como eu, tinha decidido morar na Bahia. Com o tempo, percebemos que aquelas pessoas do curso não nos viam com bons olhos pois achavam que nós estávamos ali para tirar uma oportunidade deles. Tudo o que queriam era se qualificar para conquistar uma vaga no sudeste e consideravam que todos os profissionais do Rio e SP eram superiores, com melhor formação, mais qualificação. Não entendiam por que estávamos ali. E não nos aceitavam. Depois de cinco meses na cidade, resolvi voltar para casa. Minha amiga continuou remando por lá até conquistar um emprego e cativar amigos.

Estamos sujeitos a situações de discriminação e também estamos, muitas vezes, na outra posição: a que discrimina. É importante ter também esta reflexão!



E você? Tem uma história para conta? Escreve pra gente: gorda.br.09@gmail.com.

Postado por Bianca da equipe da peça Gorda.

Um comentário:

  1. Passei a infância e adolescência sendo discriminada na escola particular de classe média que estudei. Eu não usava roupas "de marca", andava de ônibus, não fui pra Disney nos meus 15 anos, não participava de viagens, gincanas e afins. Eu não fazia parte da "patotinha" e me limitava a me relacionar com o grupo dos excluídos, igualmente discriminados como eu. Foi dureza retomar a minha auto-estima.

    ResponderExcluir